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Um Mar de Recordações

Um Mar de Recordações

28.Fev.14

Questões inevitáveis (26) – Pena de Morte

Na rubrica Questões Inevitáveis de hoje, proponho discutir um dos temas mais polémicos da sociedade – a pena de morte. Uma sentença aplicada pelo poder judiciário que consiste na execução de um indivíduo condenado. Historicamente, esta pena foi utilizada em casos como assassinato,  espionagem, violação, adultério, corrupção política ou até mesmo homossexualidade.

Portugal foi praticamente o primeiro país da Europa e do Mundo a abolir a pena capital, sendo o primeiro Estado do Mundo a prever a abolição da pena de morte na Lei Constitucional, após a reforma penal de 1867. Actualmente, esta sanção é um acto proibido e ilegal segundo a Constituição Portuguesa. Mas isso não acontece em todos os países… Por exemplo, a maior parte dos estados dos EUA ainda tem esta sentença, assim como inúmeros países da África e da Ásia. Já no Brasil, a pena de morte é legal apenas em crimes militares.

Durante a Assembleia Geral em 2007, a Organização das Nações Unidas repugnou a legalidade e uso da pena de morte, advertindo os países a tornarem ilegal seu uso e que esse não seja reintroduzido. Também a União Europeia concordou com a decisão e actualmente todos os países do bloco tem a pena de morte ilegal. Em 2014, esta sentença faz sentido ou não passa de algo totalmente ultrapassado? Numa sociedade que está cada vez mais violenta a legalidade desta medida ia diminuir os crimes em geral?

Concordas com a pena de morte? É justo alguém morrer pelos seus crimes? Essa sentença iria provocar um decréscimo de crimes?

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25.Fev.14

Numa festa de máscaras…

Marta Santos passou todo o dia do Carnaval a trabalhar num novo projecto para a empresa de arquitectura em que trabalhava. Quando saiu do escritório estava um pouco cansada, ainda assim não resistiu a sair para descontrair um pouco do stress dos últimos dias. Vestiu um vestido negro arrojado com uma pequena mascara vermelha que tapava um pouco da sua face. Olhou-se ao espelho e deu um pequeno sorriso, sentia-se deslumbrante.

Dirigiu-se para a festa privada a que tinha sido convidada. Assim que entrou observou que estava completamente cheia, percorreu toda a sala despreocupadamente. Os seus olhos verdes intensos pararam quando encontrou um jovem loiro que lhe captou a atenção. A mascara daquele homem revelava uns olhos azuis safira. Olhou fixamente para ele durante algum tempo, até que ele reparou que estava a ser observado. Lançou um sorriso encantador que a deixou completamente hipnotizada. Retribuiu. Estava altamente atraída por aquela pessoa, sentia uma enorme excitação por todo aquele mistério.

Ficou surpreendida quando aquele estranho lhe fez sinais para irem lá para fora. Marta Santos ainda hesitou, mas num momento de loucura seguiu aquele homem. Enquanto avançava atrás dele reparou naquele corpo esbelto e bem constituído . O seu coração acelerou , a arquitecta nunca fora do tipo de pessoa de arriscar numa aventura. Tudo aquilo era território novo. Enquanto isso, Ele parou numa pequena e discreta ruela, virou-se para ela e olharam-se durante um longo período de tempo. Não houve quaisquer troca de palavras. De repente, sem que nada o fizesse prever aquele homem deu-lhe um longo e apaixonado beijo.

A princípio a arquitecta ainda tentou negar o avanço, mas acabou mergulhada naquela volúpia de prazer. Rapidamente os beijos começaram a aumentar de intensidade, o que fez com que aquele par ficasse com a respiração ainda mais ofegante... O desejo de Marta Santos aumentava a cada minuto, assim sendo começou a percorrer o corpo daquele homem com as suas mãos. Aquele era o incentivo que aquele estranho necessitava. Com grande destreza levantou-lhe a perna direita. O momento era escaldante para aqueles dois…

Ela baixou-lhe as calças o mais rápido que podia, não suportava mais a espera. Começaram a fazer amor naquela ruela escondida. A arquitecta não conseguiu suster os gemidos frenéticos produzidos pelas penetrações constantes. O homem sorriu e aumentou a intensidade. Marta Santos ficou absolutamente descontrolada, cravando-lhe as unhas nas suas costas. Estiveram ali durante um longo e prazeroso tempo, não se importaram com mais nada além do prazer carnal. Os movimentos eram cada vez mais rápidos e acabaram os dois com um orgasmo mutuo. Voltaram a olhar-se, cansados mas definitivamente satisfeitos.

- Então meu amor, quando é voltamos a repetir? – perguntou Pedro Santos, enquanto tirava a máscara. À sua frente, estava o seu marido com aquele sorriso que tanto amava.

[Ficção]

Vocês leitores não tiveram dúvidas e desafiaram-me para um conto erótico. Em 66 votos possíveis, esta hipótese teve 28 o que dá uma percentagem de 42% (!). Portanto, aqui fica a minha estreia neste tipo de texto, espero que faça jus à vossa escolha. O que acharam? Novas votações vão chegar portanto fiquem ligados! 

 

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20.Fev.14

Nas brumas da esperança

A temperatura descia consideravelmente com o desenrolar das horas, o Porto vivia uma fria noite de Inverno. Um nevoeiro começava a cobrir a emblemática cidade dando-lhe uma imagem misteriosa. Poucas pessoas, tinham sido corajosas para sair de casa com aquelas condições preferindo o conforto do seu lar. Contudo, Artur Pinto mantinha-se no mesmo banco perdido nos seus sonhos.

Muito raramente, alguns jovens casais passavam perto de si. Estavam de mãos dadas, trocando segredos e carícias. Não conseguia deixar de sentir inveja por aquele amor e felicidade. Durante toda a sua vida desejou ter aqueles momentos. Estava há anos à espera de alguém que não sabia se alguma vez voltasse. Recordava-se das promessas de amor que disseram na despedida, mas a verdade é que todas as noite eram rodeadas de um doloroso silêncio.

Uma forte ventania fez com que aquele homem não conseguia suster um arrepio. Ainda assim, não se afastou um centímetro. Por vezes, amaldiçoava-se por aquela teimosia que nunca lhe tinha dado resultados. Ainda assim, não era capaz de desistir, por aquele sentimento valia a pena lutar. Aquele velho sonhador ia viver para aquele sonho, a esperança não o ia abandonar. O seu espírito era difícil de abalar…

Uma forte névoa cobriu todo o Parque Urbano da Pasteleira permitindo pouca visibilidade. Artur Pinto olhou à sua volta e pouco conseguia ouvir. De repente, ouviu algum que o sobressaltou. Passos. À sua frente começava a surgir uma figura no meio daquele forte nevoeiro. Não conseguia ver a face mas o seu coração acelerou. Uma mulher com alguma idade apareceu junto dele, apesar das diferenças da idade não teve dúvidas em reconhecer o seu amor.

Ela parou perto dele, queria dizer alguma coisa. Justificar-se. Mas foi Artur Pinto quem falou: “Não digas nada, apenas abraça-me”. Ela abanou a cabeça e abraçaram-se. Ficaram assim durante uma série de tempo com a certeza de que a espera tinha valido a pena.

Votaram 71 pessoas e 44% dos votantes quis que Artur Pinto encontrasse o seu amor. Aqui fica gravado esse momento. Quero agradecer o apoio que me deram nesta nova ideia, sabe bem ver a forma como aderiram. Senti que foi algo que vocês gostaram muito. Assim sendo, lanço-vos outro desafio. Desta feita, vão escolher que tipo de conto é que vocês querem. Já sabem, vocês decidem e eu escrevo.

Que tema desejas para o próximo conto?
  
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16.Fev.14

Imagem espontânea (27) – Palácio Nacional de Mafra

Acho que as pessoas que vão acompanhando esta rubrica já repararam que eu adoro passear. Confesso que é uma das minhas perdições! Se nos últimos tempos não tenho tido oportunidade para ir ao estrangeiro, vou aproveitando para conhecer ou para voltar a lugares fantásticos que existem em Portugal. Não há melhor do que nos apaixonarmos pelo nosso país. Numa dessas aventuras, fui até Mafra visitar aquele que é um dos mais imponentes edifícios no estilo barroco construídos no nosso país, falo claro do Palácio Nacional de Mafra.

O trabalho iniciado em 1717 começou por ser um projecto modesto para abrigar 109 frades franciscanos. Contudo o ouro do Brasil, levou a que o rei D. João V e o arquitecto Johann Friedrich Ludwig (Ludovice) iniciassem planos mais ambiciosos, não se poupando em despesas. A obra empregou mais de 50 mil trabalhadores e o projecto acabaria por abrigar 330 frades, um palácio real e uma biblioteca extraordinária. Tudo isto decorado com mármores preciosas, madeiras exóticas e incontáveis obras de arte. A inauguração do espaço foi feita no 41.º aniversário do rei (em 1730) com festividades de oitos dias (!). Mais tarde, em 1910, acabou classificado como Monumento Nacional dando-lhe uma visibilidade ainda maior. Recentemente, foi um dos finalistas para uma das Sete Maravilhas de Portugal (2007).

A cerca de 25 quilómetros de Lisboa, este é um dos locais obrigatórios a visitar! É um espaço imponente que impressiona com peças de um recorte requintado. Já não ia ao Convento de Mafra há alguns anos portanto já não me recordava de muita coisa, confesso que fiquei impressionadíssimo com a Basílica. As esculturas dão um ambiente magistral e que fazem deste um local único. Na verdade, percorre-se a história a cada passo, naquela que é uma sensação incrível! Este local também foi a inspiração para um dos livros mais marcantes da literatura portuguesa – Memorial do Convento de José Saramago. Certo é que vale a pena espreitar cada pormenor desta grandioso monumento numa viagem intemporal. 

“Era uma vez um rei que fez promessa de levantar convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido.” (José Saramago)

 

Já visitaram o Palácio Nacional de Mafra? Qual é o local que mais gostam neste monumento? Este é  a maior pérola do estilo barroco em território nacional?

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