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Um Mar de Recordações

Um Mar de Recordações

29.Jan.15

Mergulhados numa volúpia extrema

Os lábios carnudos de Maria Abreu esboçavam um sorriso satisfeito, o seu plano estava a correr como desejava. Conseguira convencer o seu namorado a ir à sede da empresa em que trabalhava com a justificação que se tinha esquecido de um documento importante. Uma pequena dissimulação que ia valer a pena para a concretização de um fetiche antigo… A viagem foi bastante curta, bastaram cinco minutos para que o Skoda Fabia cinzento chegasse a uma das artérias centrais de Lisboa. “Então não vens?”, desafiou-o com um olhar repleto de luxúria.  

Assim que entrou no majestoso edifício, deram de caras com o segurança que fazia a ronda naquela noite. O velho Rui Fernandes já conhecia a sua cara das longas noitadas que fazia no trabalho. A jovem de 21 anos fez um pequeno aceno amigável e avançou até ao elevador sem dizer uma palavra. O casal entrou nele em direcção ao 11.º andar. A temperatura aumentou quando os dois se começaram a olhar demoradamente. Foi João Afonso que tomou a iniciativa. Agarrou-a firmemente e beijou-a apaixonadamente. O desejo crescia a cada segundo, a intensidade de cada toque aumentava de intensidade. Naquele elevador nada mais importava a não ser saciar aquele desejo inesgotável, os dois acabaram mergulhados numa volúpia extrema...

O elevador parou no décimo primeiro andar com os dois ainda envolvidos. “Despacha-te com isso!”, disse numa respiração acelerada. Maria avançou mexendo provocatoriamente o seu corpo. O vestido que usava destacava a sua boa forma física. Parou junto à secretária, olhou para trás e lançou um sorriso provocador. Não foi preciso dizer nada. João engoliu em seco ao entender a verdadeira razão de ali estarem. Riu-se. O rapaz não se fez de rogado e avançou em passos rápidos. Voltou a beija-la com maior fugacidade com as mãos a percorrem o seu corpo. A paixão e desejo eram enormes naquela sala deserta.

Maria continuou a provocar dando uma pequena mordida no pescoço do seu namorado, estava cada vez mais empolgada com os avanços daquela noite. Puxou-o para junto da secretária, o que fez com que João desse um sorriso maroto. Agarrou-lhe na perna direita e os seus corpos tocaram-se com cada vez maior frequência. “Temos de ser rápidos, não quero ser apanhada”, segredou-lhe ao ouvido numa voz ofegante. Os dois trocaram um olhar faiscante. Acabaram por demorar uma longa hora, onde se deliciaram com os seus corpos. Aquele seria um aniversário para nunca esquecer…

 Imagem retirada de: https://www.flickr.com/

 

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25.Jan.15

Ao som de (33) - Música portuguesa

Hoje lembrei-me de fazer um "Ao som de" especial, diferente de todas as outras edições. Em vez de uma música como é normal na rubrica , vou apresentar-vos três faixas. Este é o inicio de algumas alterações que vou fazer em algumas das rubricas mais antigas do blogue, quero dar-lhes uma nova roupagem e torna-las mais interessantes. Portanto nada melhor do que começar com o que é nosso. É verdade hoje vamos apostar na música nacional com uma escolha que abrange vários estilos. Vamos então ao que interessa:

António Variações - Canção Do Engate: O execentrico António Variações (1944-1984) demonstra todo o seu talento numa das mais icónicas canções nacionais. Lançado de forma póstuma em 1997, a Canção do Engate é o exemplo perfeito da mestria do emblemático e talentoso cantor.

Da Weasel - Tás na Boa: Os inesquecíveis Da Weasel (1993-2010) arrasam com o Tás na Boa, uma das faixas do álbum Podes Fugir Mas Não Te Podes Esconder (2001). Num estilo mais virado para o rock, mostra toda a irreverência deste grupo que deixa saudades ao público português.

Carlos do Carmo - Lisboa Menina e Moça: Carlos do Carmo, vencedor do Grammy Latino de Carreira, dá voz a um dos fados mais belos - Lisboa Menina e Moça (1976). Com letra de Ary dos Santos, Joaquim Pessoa e Fernando Tordo, mostra toda a beleza deste género músical. Cada palavra é uma autêntica obra-de-arte!

 

Qual é a vossa música portuguesa preferida? Consideram que em Portugal esta é uma área que não merece o reconhecimento sufeciente?

 

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20.Jan.15

Sala de cinema (36) - Boyhood

Um dos filmes com mais nomeações para Óscares (seis) deste ano é Boyhood, um drama realizado por Richard Linklater. Uma longa-metragem que demorou 12 anos (2002-2013) para ser concluído, o que faz dela uma das produções mais longas da história do cinema. Com apenas 39 dias de rodagem em Austin (no estado de Texas), a receita já ultrapassa os 40 milhões de dólares - o orçamento cifrou-se em (apenas) 4 milhões.

O enredo centra-se na vida do jovem Mason (Ellan Coltrone), uma criança com pais separados. A história segue então este rapaz durante 12 anos, desde da entrada para a escola, aos seis, até à universidade aos dezoito. Os resultados são imprevisíveis, originando uma experiência profundamente pessoal, que nos molda à medida que nos revemos em diversos acontecimentos do filme.  Assim, ao longo da trama vamos vendo como é o seu relacionamento com os pais e como amadurece com o passar do tempo.

Na minha opinião esta é uma bela demonstração do quotidiano de uma família normal de pais separados. Numa observação mais superficial o importante deste filme é o facto de ser banal, é a vida como ela é. Não é a típica história que pensamos que só acontece nos filmes. Para mim, essa é a sua magia. De facto, Linklater não procurou filmar o espectacular. No fundo, Boyhood é uma história que se passa na realidade, um verdadeiro relato. Isso aproxima o espectador porque é algo que pode acontecer com um familiar ou com um vizinho.

Percebe-se facilmente que este é um trabalho feito com uma enorme dedicação e trabalho. Pessoalmente, gostei de mergulhar um pouco na vida de Mason e acompanhar o seu crescimento. Boyhood é um filme bastante agradável de ver, independente das quase três horas de filme. Em Fevereiro de 2012, na cerimónia dos Óscares, esta longa-metragem está nomeada para Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Actor Secundário (Ethan Hawke), Melhor Actriz Secundária (Patricia Arquette), Melhor Argumento Original e Melhor Edição.

Vídeo publicado por: MOVIECLIPS Trailers

 

 

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17.Jan.15

O plano de aniversário perfeito

O relógio da sala marcava as nove horas e a campainha tocou nesse preciso momento. “Pontual como sempre”, pensou satisfeita pelo seu namorado ter chegado. Maria Abreu estava com um vestido azul claro justo ao corpo, naquele dia queria estar o melhor que conseguia. O desejo passava pela perfeição. Hoje marcava o segundo ano de namoro com João Afonso e ela tinha a ideia para uma noite fantástica. Um encontro escaldante. Esboçou um sorriso provocador…

Possuía um corpo tonificado, graças aos constantes treinos diários que fazia.  Era uma mulher confiante com 21 anos, cheia de energia e sempre preparada para um novo desafio. O mais recente era fazer daquele um dia envolvente e especial. Preparou aquele momento com muito afinco, iria fazê-lo levar à loucura. Mordeu os lábios carnudos a imaginar o momento extraordinário. Vestiu um casaco de pele para enfrentar o frio cortante de um Inverno rigoroso. Desligou as luzes e saiu do seu apartamento no centro de Lisboa.

Saiu de casa e avançou para o Skoda Fabia cinzento em passos confiantes. Não tinha dúvidas de que tudo ia ser mágico. Apesar do frio, o seu corpo já sentia algum calor com os movimentos apaixonantes e provocadores que iam acontecer muito em breve. Sentou-se num carro num movimento gracioso. João deu um sorriso encantador quando ela chegou. “Estás tão bonita amor!”, afirmou ele com carinho e meio sem jeito. Ela sorriu sem esconder um olhar lascivo. “Estás preparado para a melhor noite da tua vida?”, perguntou-lhe num tom solene ao ouvido.

Continua...

Imagem retirada de: http://maisindaia.com.br/

 

 

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