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Um Mar de Recordações

Um Mar de Recordações

11.Jan.11

Há dias assim...

Numa noite muito chuvosa, encontro-me junto ao mar. Cai copiosamente água e o meu corpo está completamente encharcado. Precisava disto: limpar a minha alma. Apetece-me ficar ali para sempre, sentir aquela chuva a cair como se nada me esperasse e como se nada mais importasse…

A rotina extremamente exigente consome-me, deixa-me repleto de cólera. Aproveito este momento como forma de fugir a esta violência diária. Agora estou livre desta prisão que me atormenta e me devora, afastado deste rigoroso e tóxico stress em que estou preso.

Sinto um desejo, está quase. Olho para o céu e as gotas apoderam-se da minha face e escorregam pelo meu corpo. São como vitaminas que me dão forças para o obstáculo que tenho diante mim. Chove com mais força, mas isso não me demove. Dou um grito de revolta, a raiva apodera-se de mim.

Não posso deixar que ela leve a melhor, preciso de lutar. Respiro fundo. Começo a caminhar junto a um mar bravo. Ondas enormes erguem-se. Há qualquer coisa que me seduz, o mar hoje está mágico. Fecho os olhos e aprecio o momento.

Sinto algo novo em mim, uma nova energia. Deixo-a apropriar-se de mim, governar o meu pensamento, a minha cabeça e o meu coração! Renasço, estou pronto. O instante aproxima-se, o mar parece estar revoltado com a minha audácia. Ao longe ouve-se um trovão. Olho para o mar e corro. Mergulho e deixo-me envolver nas longas camadas de água. Descontraio e sinto que tudo valeu a pena. Volto a superfície com um sorriso e penso: “Há dias assim”.  

 

 

 

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