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Um Mar de Recordações

Um Mar de Recordações

21.Jan.11

O amor está para além da razão...

Onde está a razão quando nos apaixonamos? Ela simplesmente não existe. De repente estamos apaixonados, já não se pensa que tudo pode estar errado, que esse não seja o passo correcto a dar. Tudo deixa de ter importância, apenas passas a existir tu no meu mundo. A razão desaparece instantaneamente, apenas fica o coração.

Enquanto estou deitado na cama a tentar adormecer, penso incessantemente. Não me saís do pensamento, isso provoca-me um sorriso irónico. Sem querer dei por mim a desejar-te mais do que devia, mesmo sabendo como tu és. Não consegui resistir aos teus encantos e às tuas doces palavras. Mas conheço-te demasiado bem, para saber que não ia passar de um brinquedo nas tuas mãos. Quero desistir desta loucura, mas não consigo tomar uma decisão. Na verdade, falta-me a força e a coragem para dizer não ao meu coração.

Gostava muito que este sentimento não fosse real, que tudo isto não passasse de uma alucinação. Assumo que queria acreditar que isto não passa de uma simples atracção, mas sei que não o é. A confusão começa a espalhar-se por todo o corpo e perco a vontade de adormecer. Mentia se dissesse que não te queria agora comigo, desejava isso loucamente. O nervosismo acentua-se cada vez mais, as minhas dúvidas são mais que muitas.

O engraçado é que quando estou contigo estes pensamentos negativos mudam radicalmente... Ai! Quando estamos juntos, o mundo é feito de certezas. Delicio-me com o teu olhar, com os teus sorrisos, com o teu cheiro. Mas no que raio estou eu a pensar outra vez? Bolas, isto é tudo tão errado! Nada disto está certo, isto nunca devia estar a acontecer comigo! Curioso, gostamos sempre das pessoas que não merecem o nosso sentimento. Será masoquismo da nossa parte ou o coração apenas sente prazer em sofrer?

Amar em segredo é demasiado duro, queria poder dizer-te o que realmente sinto. Mas pior que isso é amar sem ser amado. Não vou acreditar que o fazes, mesmo que o digas... A mentira é dona e rainha desses teus lábios clandestinos. Sei que me vais dizer ao ouvido as mais belas palavras de amor, apesar de não as sentires. A verdade é que dizer “gosto de ti” ou “adoro-te” torna-se tão banal nesta sociedade. É fácil dizer estas palavras, difícil é realmente senti-las.

[Ficção] 


 

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