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Um Mar de Recordações

Um Mar de Recordações

09.Dez.12

Perdição

- Está uma noite amena amor – afirmei, sem esconder um sorriso provocador.

- Sim, sabe tão bem ter saído para poder estar aqui – respondeste, fingindo não perceber a mensagem, mas os teus olhos mostravam o contrário. Adoras provocar-me.

Saímos do meu carro, deste-me a mão e começamos a caminhar. Apesar de ser Outono, a noite estava inexplicavelmente quente e muito convidativa. Nada podia ser mais perfeito, parece que tudo se tinha enquadrado para correr bem. 

Enquanto andávamos não resisti a devorar-te com os olhos. O teu corpo é uma perdição. Uma eterna volúpia para todos os meus sentidos. Não me contive, abracei-te de forma calorosa. És e serás o meu abrigo! Durante o abraço, passei as mãos pelo teu corpo doce e perfeito e delicio-me com a tua pele. Senti que hoje não ia haver nada que pudesse parar aquele momento.

Os nossos olhos cruzaram-se e era possível ver a chama da nossa paixão a aumentar. Sorriste-me daquela forma especial que apenas fazes para mim. Chegaste perto do meu ouvido e num sussurro provocador pediste-me:

- Beija-me, por favor.

Segundos depois e os nossos lábios tocavam-se apaixonadamente. Não me canso de beijar-te. Adoro saborear-te! O teu toque deixa-me louco, as tuas carícias dão cabo de mim, fazem com o meu desejo por ti cresça ainda mais. Torna-se impossível resistir aos teus encantos. És tudo aquilo que sonhei!

Estava um silêncio acolhedor e a única coisa que se via eram árvores. Mas tudo isso deixou de ter significado, aquilo que importava eram os nossos beijos e carícias intermináveis. Eu e tu estávamos sozinhos e famintos de desejo. Aquela seria a nossa noite, um momento especial. Reconheço que não me canso destas nossos momentos de paixão que parecem eternas. São inigualáveis, meu amor!

É uma loucura a forma como me fazes feliz seja com uma palavra ou com um gesto. É mesmo assim o amor. Feito de simplicidades, mas que em conjunto fazem todo o sentido. A cada momento que passava os nossos corpos ficavam cada vez mais quentes, o desejo aumentava descontroladamente, mas tu não desistias de me provocar só mais um pouco.

- Amor, não aguento mais com essas provocações, vais ter que sofrer as consequências – disse com uma respiração ofegante, enquanto crescia um sorriso provocador nos meus lábios.

Coloquei-te cuidadosamente contra a árvore mais próxima, a noite tinha verdadeiramente começado agora…

 

[Ficção]



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