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Um Mar de Recordações

Um Mar de Recordações

18.Fev.15

Paralisado de medo

Impotente permanecia naquele corredor sombrio da escola, encontrava-se num estado lastimoso. O jovem de 16 anos era o único nas proximidades. Permanecia ali sentado completamente despedaçado e derrotado. Choramingava desesperado. Estava com os olhos fechados ainda com receio do que poderia acontecer. A sua respiração continuava ofegante. Angustiado, tremia de medo. Tinha voltado a acontecer, as lembranças ainda o atormentavam. Há poucos minutos fora espancado por aquele grupo impiedoso de alunos mais velhos. Fizera-lhes frente, mas o resultado foi mais um sem número de nódoas negras, além de ficar sem o pouco dinheiro que tinha na sua carteira gasta… Ao longe ouvia os risos e brincadeiras de outras crianças no pátio, mas ele não desejava rir nem divertir-se. Esquecera-se dos bons momentos, vivia paralisado de medo. Bloqueado e sem rumo. Estava encolhido com a cara junto as pernas para tentar esconder o estado em que a sua cara se encontrava. Envergonhado, não sabia como fugir aquele constante problema. Ao longe, começou a ouvir passos apressados, começou a tremer violentamente. Ficou em pânico, receava uma segunda ronda de pancadaria. Fechou os olhos com ainda mais força quando sentiu que alguém estava cada vez mais próximo. “Não, não, não”, murmurou. Sentiu que um corpo estava à sua frente. Ia começar tudo outra vez, a aproximação era iminente. Contudo, nada do que previa aconteceu. Uma mão passou pelo seu cabelo carinhosamente. “Tem calma, tudo vai ficar bem”, ouviu uma voz rouca de uma mulher dizer.

Imagem retirada de: http://abismoinfinito.wordpress.com

 

 

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