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Um Mar de Recordações

Um Mar de Recordações

10.Nov.15

A perseguição do homem sem face

Miguel Alexandre Pereira
A hora era tardia e ninguém estava na ruas, Diana, de 20 anos, tinha saído do escritório onde estava a ter a sua primeira experiência de trabalho e logo numa cidade que pouco conhecia. De longos cabelos negros e de olhos de avelã, a jovem espalhava uma beleza invulgar. Estava nervosa, pois desde que tinha saído do trabalho tinha sentido que estava a ser seguida. Nunca tinha conseguido ver a cara dessa pessoa que escondia-se sucessivamente nas sombras. Num momento de desespero (...)
24.Ago.15

Aversão à imprevisibilidade

Miguel Alexandre Pereira
Admito que gosto de saber o que vem a seguir, nunca lidei bem com a imprevisibilidade. Na verdade, é algo que não consigo suportar, até porque nunca me importei em ter uma vida chata, previsível e estrategicamente organizada… Isso acontece porque sempre gostei de controlar tudo o que se passava à minha volta. Talvez seja somente eu a ficar velho, mas eu anseio pela previsibilidade. No entanto, a minha vida mantém-se imprevisível , deve ser por isso que nunca lidei bem com ela. (...)
18.Fev.15

Paralisado de medo

Miguel Alexandre Pereira
Impotente permanecia naquele corredor sombrio da escola, encontrava-se num estado lastimoso. O jovem de 16 anos era o único nas proximidades. Permanecia ali sentado completamente despedaçado e derrotado. Choramingava desesperado. Estava com os olhos fechados ainda com receio do que poderia acontecer. A sua respiração continuava ofegante. Angustiado, tremia de medo. Tinha voltado a acontecer, as lembranças ainda o atormentavam. Há poucos minutos fora espancado por aquele grupo (...)
19.Out.14

Um luto devastador

Miguel Alexandre Pereira
Passou um mês depois daquela tempestade devastadora, mas ainda permaneciam alguns destroços do dia sinistro. A vila tinha perdido a sua alegria, outrora colorida e jovial, agora eram os tons negros que imperavam. Parecia um local completamente transfigurado. A população ainda estava a tentar absorver a perda de Bruno Pires. O jovem desaparecera sem deixar rasto naquele temporal destruidor. Naquela pequena vila piscatória, a saudade ainda era extremamente dolorosa. Numa tosca casa (...)