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Um Mar de Recordações

Um Mar de Recordações

29.Jun.11

Ao som de... (5) [Within Temptation - Angels]

Já faz algum tempo desde da última edição do ‘Ao som de…’, uma rubrica já com alguma tradição neste blogue. Portanto nada melhor do que trazê-la de volta em toda a sua glória. Hoje venho destacar-vos da música ‘Angels’ dos Within Temptation, uma banda holandesa de metal melódico e power metal. Este foi um dos grandes sucessos do grupo, alcançando mesmo o prémio de Golden God Award com esta faixa.

O grupo originário de Waddinxveen começou a trabalhar em conjunto a partir de 1996. Neste género musical, é uma das bandas mais conhecidas tendo uma mulher como vocalista (Sharon den Adel). Além da mediática vocalista, o grupo é constituído por Robert Westerholt (guitarra), Stefan Helleblad (guitarra), Ruud Adrianus Jolie (guitarra), Jeroen van Veen (baixo), Martijn Spierenburg (teclado) e Mike Coolen (bateria).

O álbum de estreia Enter foi lançado em 1997, sendo bem aceite pela crítca. Isso permitiu uma grande tornué pelo país natal que lhes valeu alguma visibilidade.  Mas é só a partir de 2004 com o lançamento do álbum The Silent Force (onde se encontra este ‘Angels’) que começaram a ganhar maior notoriedade a nível internacional. Entretanto, o grupo holandês lançou no ano passado o seu mais recente trabalho – Hydra.

 Vídeo publicado por: Within Temptation

 

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26.Jun.11

Conversa de bocas

A: Pareces-me familiar, como se te conhecesse antes…

V: Mas tu nunca me viste e eu nunca te vi…

A: Mesmo assim, tenho a sensação que te conheço de algum lado…

V: Garanto-te que tu nunca me viste, mesmo estando sempre aqui.

A: Então quem és tu?

V: Já fui o teu passado, sou agora o teu presente e serei um pouco do teu futuro…

A: Mas se não nos conhecemos, como é que representas tudo isso para mim?

V: Sou um turbilhão daquilo que queres, daquilo que desejas, daquilo que sentes…

A: És assim tão importante para mim?

V: É a primeira vez que te vejo, mas sei tudo sobre ti!

(Silêncio)

A: Cativas-me, sabes. Não sei explicar o porquê das tuas palavras me preencher tanto…

V: Apenas disse o que tinha para te dizer. Não estás cativado, apenas admirado. Não te provoquei mais do que uma simples surpresa.

A: Eu gostei, queria encontrar-te mais vezes! Podemos?

V: Só quando ambos quisermos realmente, só quando houver uma real união.

A: Então queres que sejamos um só?

V: Sempre o fomos, mas tu nunca quiseste ver, nunca quiseste parar para sentir…

(Novo silêncio)

A: Então sempre me acompanhaste e eu nunca reparei. Mas agora que te vejo, quero-te comigo!

V: Querer é uma palavra complicada, olho-te e não vejo o que queres, porque não estás a querê-lo realmente. Não sabes nada daquilo que eu sou!

A: Julgo que te começo a conhecer um pouco…

V: Não é o sufeciente. Basta um desafio e tu recuas! Isso só demonstra que não estás seguro e não sabes aquilo que queres!

A: Mas estou! Como te posso provar?

V: Não com palavras, mas com acções, com sentimentos. Será que realmente consegues isso?

A: Posso tentar?

V: Sempre que queiras, mas não te prometo que alguma vez atinjas o sucesso.

A: Desafias-me então para um objectivo impossível?

V: Impossível não, mas difícil. Um desafio no qual terás de lutar diariamente, só assim conseguirás vencer.

A: Ou seja, estás-me a pedir o mundo…

V: Não, só parte dele, aquele que representas, aquele que faz parte de ti…

A: Irei fazê-lo! Onde é que estamos? Este local também me parece familiar…

V: É o local que sempre sonhaste, o teu paraíso, aquele sítio que sempre quiseste estar…

A: É muito bonito, gostava de viver aqui, ter uma casa…

V: Pára! Os teus desejos não são verdadeiros, porque falas sem pensar, sem reflectir, não sentes realmente o que dizes…

(Silêncio prolongado)

A: Desculpa. Pareces-me tão sábia, mas tão destrutiva. Como se me quisesses amar e destruir ao mesmo tempo…

V: Amar, nunca amaste como podes dizer que alguém ama ou não. Como podes falar de palavras que apenas ouves e nunca sentiste.

A: É o que eu penso sentir…

V: Tu não sentes absolutamente nada, vives, mas não sabes o que é sentir, não sabes o que é estar preso…

[Ficção]

21.Jun.11

Sala de cinema (4) – O Regresso do Rei

Nesta quarta edição da ‘Sala de Cinema’ tornou-se medieval, caminhando na direcção da Idade Média com o ‘O Regresso do Rei’, o último filme da fantástica trilogia do ‘Senhor dos Anéis’.
A obra-prima de Peter Jackson é esplêndida na personificação da imaginação do britânico J. R. Tolkien. No último filme desta fabulosa trilogia, Frodo está cada vez mais próximo de destruir o Anel, mas a tarefa não se avizinha fácil… Novos perigos e inimigos assombram a aventura que ditará o futuro da Idade Média. Com cenários sensacionais e efeitos visuais deslumbrantes, além do roteiro muito bem elaborado, ‘O Regresso do Rei’ aparece em várias listas de melhores filmes, o que o tornou num dos melhores e mais importantes filmes da história cinematográfica. Sem dúvida que esta é uma produção que merece ser vista e revista.
O trabalho realizado por Peter Jackson foi galardoado com o recorde de Óscares (nove, tal como o ‘Titanic’ e ‘Bem-Hur’) e tornou-se inevitavelmente num dos grandes sucessos do cinema recente. Foi aliás a quinta maior bilheteira da história. Fiquem com o trailer desta película imperdível:

 

 

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17.Jun.11

Descredibilização do mito vampiro

O vampiro é talvez um das personagens mais comuns na literatura, existindo inúmeras versões do seu mito. Apesar, desta personagem já advir do século dezanove, só na actualidade ganhou um mediatismo incalculável. Muito provavelmente esta febre nasceu através da estado-unidense, Stephenie Meyer, autora da série Twilight, que trouxe uma nova visão desses seres mitológicos. Mas terá sido a forma mais correcta?

As histórias sobre vampiros são bastante antigas, aparecendo na mitologia de várias regiões, sendo os casos mais mediáticos a Europa e o Médio Oriente. Segundo a lenda, o vampiro é um ente mitológico que se alimenta de sangue humano para sobreviver, não podendo sair na luz do sol. Para além disso, dormem em caixões enquanto existe luz e atacam à noite, sendo que as formas de combatê-lo são o uso de objectos sagrados, alhos e água benta. Esta criatura veio amplamente a ser adoptada na literatura com estas características, mas se confrontarmos estas informações com o trabalho realizado por Stephenie Meyer, é fácil perceber que pouco ou nada se mantém a lenda original…

Na série Twilight, encontramos vampiros adolescentes com vidas extremamente ocupadas, lutando por manter em segredo a sua vida paralela. Como se isso não bastasse, estes seres quando estão em confronto com o sol brilham, como se algo de divino tivessem… A mesma divindade que supostamente os deveria matar! Para estes vampiros, a morte só acontecem quando são esquartejados e em seguida queimados. Algumas contradições, talvez mesmo contradições a mais da lenda original… Contudo, a aceitação foi incrível e existem milhões de seguidores desta série, principalmente o público do sexo feminino, isso acontece muito provavelmente pela utilização de uma reencarnação do amor vivido entre Romeu e Julieta, um amor impossível.

Não está em causa aqui a qualidade literária da escritora estado-unidense, mas sim a forma como ela reutilizou uma lenda com séculos de história. Apesar dos resultados dessa mudança estarem aos olhos de todos com um lucro astronómico, tenho grandes dúvidas se esta não será mais uma moda que daqui a alguns anos, vai encontrar-se gasta e esquecida por todos. É o preço de uma sociedade que se encontra na era das modas e que segue as tendências sem um espírito crítico.

John Polidori e Bram Stoker, dois dos autores vanguardistas neste mito na literatura, andam com certeza à volta nos seus respectivos caixões. Objecto esse com enorme simbologia neste mito, que nem dispõe de menção nos livros de Meyer. Na actualidade, observamos um vampiro desfigurado, completamente afastado da criatura maligna, que foi outrora. Agora o senhor das trevas não passa de um ser cheio de amor e compaixão pelos outros…

 

 

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