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Um Mar de Recordações

Um Mar de Recordações

08.Jan.12

Preso numa constante fragilidade...

A alma humana é feita de fraca e frágeis elementos, no qual o corpo e a mente são as suas bases instáveis. O ser humano tem essa tendência: a instabilidade. Essa inconsistência é camuflada por um objectivo pessoal que dá a esse ser uma identidade, no fundo, um propósito. A realidade é que existe sempre dor no coração, pois a vida é feita de dor.

Afinal o que sou eu? Um mero mortal, com desejos e vontades como os outros que caminham ao meu lado. Então o que nos diferencia um dos outros? Um caminho incessante e sem fim. Olho em volta e observo quem me acompanha, nenhuma cara é-me familiar e sinto saudade. Mas será que existe alguém que realmente me conhece? Certas parcelas talvez, mas todo não creio, pois há 1001 versões de mim próprio, uma vez que existe 1001 formas de me ver. Apesar de várias pessoas terem uma ilação diferente de mim, isso não altera que aquilo que eles realmente vêem seja eu. Afastei-me, criei uma barreira, um local para me isolar do mundo, pois só reconhecendo a diferença entre os outros, posso conhecer a minha própria identidade. Porém, nunca vou conseguir esquecer e esconder a solidão.

Não posso fugir, porque escapar também é doloroso. Não vou fugir, estou cansado de fugir! Se eu fugir nunca ninguém me vai respeitar, nunca ninguém vai perceber o que sinto ou o que desejo. No entanto, a continuação deste momento só faz voltar a ouvi-los murmurar: “Lá vai ele fazer tudo o que os outros mandam, é um triste mecanismo de sobrevivência”. Mas isso é melhor do que ser deixado só, prefiro fazê-lo e abandonar a auto-estima. Na verdade, a única pessoa que pode cuidar e entender-me, sou eu próprio… 

 Imagem retirada de: homecarecenter.files.wordpress.com

 

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05.Jan.12

Questões inevitáveis (9)

Aqui temos a nona edição do ‘Questões inevitáveis’ aqui no ‘Um Mar de Recordações’! O espaço passa por uma questão actual que vou pondo e que serve de discussão para vocês darem a vossa opinião.

O Carnaval deste ano levantou muita polémica em Portugal. Os funcionários públicos não vão ter ponte facultativa na terça-feira de Carnaval. O objectivo é, segundo o Governo, aumentar a competitividade e produtividade do país. Desde que Portugal vive em democracia, apenas por uma vez o Governo não deu tolerância de ponto no Carnaval: foi em 1995, quando o primeiro-ministro era o actual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. A imagem criada foi tão negativa que os analistas políticos consideram que precipitou o fim de dez anos de seu partido no poder.

As críticas surgiram de várias áreas do país. Esta terá sido uma boa opção do Governo liderado por Pedro Passos Coelho? Ou esta festa já tem pouco simbolismo para os portugueses? E tu, qual é a tua opinião?

 

O Governo fez bem em acabar com a ponte no Carnaval? Qual é a tua opinião sobre esta época festiva?

 

02.Jan.12

Sobre a esperança

Que a esperança seja a última coisa a morrer! A esperança! Bela palavra, a esperança. Quem me dera tê-la para sempre, poder senti-la em toda a sua plenitude. Quem me dera poder levá-la para casa e dizer que é só minha. Queria dizer que a quero para sempre, só para mim. Bolas! Que calafrio que me dá sempre que oiço a palavra esperança! Sinto esse sentimento puro que flameja no meu ser. Parece que esta dentro de mim e nunca quer sair. Mas que bela bênção que é esta esperança!  

Ainda há luz. Consigo vê-la, senti-la quase que agarra-la. Mas não consigo acercar-me dela, ela mantém-se longe, demasiado longe… Corro para ela, mas continuo a não conseguir alcança-la! Falta sempre aquele passo, o passo vital, aquele movimento determinante que possibilita a vitória e a conquista. Procuro o passo da minha revolta, mas não consigo mover-me… Fico parado, só e distante. Como encontrá-lo? Ainda não sei… 

Irrito-me. Sinto revolta pelo que aconteceu, pelo que está a acontecer e o que provavelmente irá acontecer. A revolta pelo tudo que é nada, apenas e só este sentimento doloroso e intenso. É esta revolta que nos mantém vivos, presos neste mundo! Essa insatisfação de querer sempre mais, de querer mudar o mundo num simples gesto, de querer ser aquilo que acabamos por nunca conseguir ser… 

No fundo, tudo isto não é mais que um motim dentro de mim que vejo, oiço e sinto. Sinto um calor a introduzir-se no meu corpo, uma força dentro de mim, por momentos a coragem devora-me. Agora, é ela que me comanda. Respiro fundo, levanto a cabeça e olho como se do meu olhar o mundo dependesse... É hora!

Imagem retirada de: http://www.mensagens10.com.br/

 

 

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