A selecção portuguesa derrotou a sua congénere holandesa por 2-1, em encontro referente à última jornada do grupo B do Euro 2012. Van der Vaart , aos 11 minutos, colocou a equipa holandesa na liderança do marcador, mas Cristiano Ronaldo marcou dois golos, aos 28' e 74’, e qualificou Portugal para os quartos-de-final do Europeu que se disputa na Polónia e na Ucrânia.
Durante quase todo a partida, Portugal foi superior à Holanda, secou por completo o sumo atacante do país das tulipas. A ‘laranja mecânica ’ só nos dez primeiros minutos conseguiu estar melhor que a armada portuguesa. Após o golo, a formação holandesa caiu de produção, perdeu-se, e esteve francamente mal. Durante grande parte do encontro, a equipa limitou-se a tentar chegar à baliza portuguesa através de lançamentos longos, que nunca incomodaram. Tudo somado, muito pouco para uma equipa que era dada como uma das favoritas à vitória final.
Esta é, assim, uma vitória justíssima da Selecção Nacional que até peca por escassa, devido a tantas oportunidades que foram criadas. No Estádio Metalist , em Kharkiv (Ucrânia), Portugal não falhou no momento decisivo e o sonho continua! A selecção nacional, comandada por Cristiano Ronaldo, protagonizou um encontro de luxo. Marcou, jogou e fez jogar! Uma exibição de raiva do capitão português que parece querer calar os críticos e demonstrou mais uma vez porque é considerado um dos melhores jogadores do mundo. Excelente reacção ao encontro com a Dinamarca.
Nos minutos finais, a Holanda ainda cresceu um pouco e teve algumas oportunidades para marcar. Van der Vaart chegou mesmo a disparar ao poste da baliza defendida por Rui Patrício, aos 82 minutos . No entanto, Portugal ainda teve tempo para retribuir uma bola ao poste através do remate de Ronaldo, aos 90 minutos. Por sua vez, no capitulo disciplinar, o árbitro italiano Nicola Rizzoli devia ter expulso Willems por uma entrada bárbara a João Moutinho e dado um cartão amarelo a João Pereira por pisar um adversário.
Dessa forma, no grupo mais difícil do Europeu, a tarefa não se previa nada fácil para Portugal. Uma Alemanha muito forte destacava-se como o adversário mais complicado e com as sempre perigosas Holanda e Dinamarca também presentes. Naturalmente, as expectativas não eram altas para os portugueses, mas a equipa das quinas conseguiu mostrar que era capaz de ultrapassar os obstáculos e qualificar-se para a ronda seguinte. Foi necessária muita garra, mas a esperança valeu a pena.
Agora, nos ‘quartos’, Portugal vai enfrentar a surpreendente Republica Checa, que venceu o grupo A. A equipa das quinas é a clara favorita à vitória, mas os checos já mostraram que gostam de espantar o mundo. É preciso manter a humildade e lutar os 90 minutos pela vitória.
Eis a décima terceira rubrica do “Ao som de…”, espaço em que coloco ao longo das várias edições várias músicas que aprecio. Desta vez coloco em destaque um dos maiores sucessos do U2 – Eletrical Storm. Esta belíssima música retrata sobre dois amantes que lutam contra a tensão entre eles; que a classificam como uma tempestade elétrica. Quem não conhece esta música é só meter a tocar, vão ficar totalmente cativados. Em 1976, a banda de rock irlandesa composta por Bono (vocal e guitarra), The Edge (guitarra, teclados e vocal), Adam Clayton (baixo) e Larry Mullen Jr. (baterista e percussão) foi formada em Dublin. Foi início de uma história de sucesso no mundo da música. Quatro anos depois, lançaram o seu album de estreia (Boy), tornando-se uma banda internacional de sucesso. Contas feitas, o grupo irlandês já lançou 12 álbuns de estúdio e estão entre a lista de artistas com maiores vendas de discos (já venderam mais de 150 milhões de discos em todo mundo). Além disso, ganharam 22 Grammy Awards, mais do que qualquer outra banda. Já a Rolling Stone classificou os U2 na posição de número #22 em sua lista dos "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos". Eletrical Storm é apenas um da lista de vários sucessos que estes irlandeses já lançaram, desfrutem então desta grande música:
Preparo-me para o grande momento, visto-me a preceito. Quero estar melhor do que nunca, quero arrasar. Está quase na hora do espectáculo e vou demonstrar mais uma vez a minha qualidade ao mundo. Estou pronto para a luta. Saio do quarto de hotel, do meu local de concentração para o louco mundo. Lá fora é uma selva cheia de predadores. O pensamento faz-me sorrir. Curioso, em competição o único predador sou eu. Ao descer as escadas, começo a ouvir o barulho das várias pessoas que me esperam. Assim que apareço, os flashes das câmaras disparam. Há dois anos tudo isto parecia um sonho, mas desde que comecei a vencer… parece que o mundo está aos meus pés. Hoje o aparato é maior, estamos no maior torneio de poker do planeta. O ambiente está ao rubro, o entusiasmo gerado é impressionante. Há uma tensão enorme. No entanto, para mim, estamos apenas na final de mais um torneio. Tudo o que conquistei foi com esta calma e serenidade. Na mesa, apenas restam dois jogadores: eu e um norte-americano. Olho despreocupadamente para o meu adversário. Já se encontra sentado e demonstra um enorme nervosismo. Aparentemente não vai dar muito trabalho. Demasiado básico e irracional. Não está habituado a estes palcos. A batalha ainda não começou e já lhe escorre suor pela cara. Sorri. Criei realmente um legado. Estou invicto há mais de trinta torneios, já ganhei tanto dinheiro que não sei o que vou fazer com ele. Mas continuo a jogar como se ainda precisasse disso para viver, é o meu vício. O ambiente na sala está infernal, a expectativa está diante de mim e do meu adversário. Estou em clara vantagem com o dobro das fichas dele. O coupiet dá as cartas. A batalha voltou a começar. Uma dezena de jogadas vem cimentar a minha vantagem. Recebo um às e um rei, nada mal. Volto a sorrir, desta vez para o meu oponente. Ele aposta alto. Sei que estou em vantagem e tenho quase a certeza que esta mão vai terminar o torneio, por isso aposto as restantes fichas que o meu oponente ainda dispõe. Ficou nervoso, pude vê-lo. Não sabia o que fazer, desesperadamente tentou ler-me a jogada. Não conseguiu e apostou…