“Continuar mais 20 anos? Não. Nem dez, nem cinco. É tempo do clube ganhar sem mim”, foi esta a declaração de Pinto da Costa sobre a sua continuidade na presidência do FC Porto. Uma declaração feita em entrevista ao jornal francês L´Equipe que promove desde logo um debate sobre quem deve substituir aquele que é o dirigente desportivo com mais títulos do futebol mundial.
A sua postura irreverente e os seus comentários irónicos tornam Pinto da Costa uma das figuras mais mediáticas do futebol nacional. É impossível ficar indiferente à sua forma de estar, desperta amor e ódio pelo país, mas é fundamentalmente competente no seu trabalho. O sucesso nacional e internacional que o FC Porto tem tido ao longo dos últimos anos deve-se muito à sua capacidade e liderança. Foi ele um dos principais obreiros para os 58 títulos que já conquistou em 30 anos de presidência da equipa azul-e-branca. Com um currículo destes atrevo-me a dizer que estamos perante o ‘Senhor Futebol’.
O FC Porto que hoje conhecemos nasceu com ele. Os números são claros! Antes de Pinto da Costa, o clube apenas dispunha de 11 troféus Hoje, a equipa domina o futebol português e dá cartas nas competições europeias. Jorge Nuno Pinto da Costa marca uma era no futebol nacional, a chama do dragão aumentou com a sua passagem. Apesar das inúmeras críticas que lhe são apontadas, entre as quais a de corrupção desportiva, o certo é que este mediático dirigente conseguiu tornar o Porto uma equipa campeã, criando uma hegemonia vitoriosa em volta do plantel.
Apesar da eliminação precoce na Taça de Portugal, o Porto volta a ser presença na luta pelos títulos mais importantes. As contratações criteriosas e um balneário blindado são a chave para muito do sucesso que os dragões tem tido nos últimos anos. Na verdade, o clube parece estar quase sempre um passo à frente dos adversários. E desde cedo demonstrou isso. Um ano após ser eleito, decidiu inserir publicidade nas camisolas do FC Porto, sendo o primeiro clube português a fazê-lo. Uma das demonstrações do olho para o negócio que cedo demonstrou na sua já longa presidência.
A verdade é que o dirigente de 74 anos deixa um fortíssimo legado que será difícil colmatar depois da sua saída. Vários títulos nacionais e internacionais, um novo estádio, um centro estágio, são alguns dos feitos do ‘Senhor Futebol’. Se é verdade que um ciclo está perto de ser fechado, é certo que enquanto Pinto da Costa estiver ao leme da equipa portista vários títulos são expectáveis. Mas também é certo que a sua sucessão será um dos maiores desafios dos actuais campeões nacionais. Quem o fizer irá carregar uma enorme herança e ficará para o melhor e para o pior na sombra de Pinto da Costa.
O FC Porto continuará a dominar depois de PC? Ou será impossível dar continuidade (com o mesmo sucesso) ao trabalho de Pinto da Costa? Quem seria a pessoa mais indicada para o substituir na presiência dos azuis-e-brancos?
(Texto também publicado no Visão de Mercado, a 15 de Dezembro de 2012)
A poucos dias do Natal era inevitável falar sobre esta época festiva e assim aproveito uma das rubricas habituais deste blogue para debater um pouco sobre a quadra natalícia. Aquele que é o principal feriado cristãos suscitou uma forte tradição que ultrapassou a mensagem religiosa e se tornou enraizada na sociedade.
As decorações, a árvore de Natal, o presépio e o Pai Natal são símbolos icónicos que fazem as delícias de crianças e adultos. Mas aquilo que devia ser uma quadra que prima pela união familiar e a solidariedade transformou-se num negócio capitalista que leva as pessoas a ficarem completamente loucas por compras num centro comercial. O aumento da actividade ecónomica cresce de forma abismal, tornando-se um período chave para muitas lojas e empresas. De facto, o impacto económico do Natal é um fator que tem crescido de forma constante ao longo dos últimos séculos em muitas regiões do mundo.
Assim, é neste prima que me questiono se as bases do Natal estão perdidas. Será que o espírito natalício se perdeu ou ainda existe? Com esta mudança de paradigma está em risco a essência do verdadeiro Natal?
O capitalismo colocou em causa o Natal? Ainda é possível celebrar esta época de uma forma mais tradicional virada para os sentimemtos e menos para o sector comercial?
Desejo a todos os meus seguidores, leitores e visitantes uma quadra natalícia repleta de muito amor e felicidade!
Muitas teses foram e são formalizadas sobre um suposto fim do mundo. Apesar dessas inúmeras projecções sobre essa possível calamidade, o certo é que nada ainda se realizou…
Este tema voltou a ser base de grande discussão, após a comunidade cientifica recordar a existência de uma profecia Maia que previa o fim do mundo no final de 2012. Esse fenómeno tornou-se mundial e muitos são aqueles que temem a chegada dessa fatídica data. Mas desengane-se quem pense que o fim apocalíptico do mundo é um fenómeno actual…
Uma das mais conhecidas foi decerto a passagem do milénio. Especulou-se muito sobre a possibilidade do fim do mundo com a chegada do ano 2000 e acabou por haver uma enorme divulgação em torno deste tema. Depois de mais de uma década, o planeta encontra-se como estava, talvez um pouco mais poluído, mas é certo que não houve problemas de maior a registar. Assim, após este falso alarme, a credibilização sobre o fim do mundo roçou a nulidade e generalizou-se um grande cepticismo sobre esta problemática.
A profecia Maia não passa de mais uma teoria a juntar a tantas outras. Mas afinal o que esta tem de diferente? Antes de mais a sua autoria. Os Maias, civilização outrora situada na América Central, no actual México, foram os seus grandes impulsionadores. Para isso contaram com os vastos conhecimentos a nível científico e astrológico.
De acordo com este povo, encontramo-nos na terceira era, que começou a 12 de Agosto de 3114 a.C. e que termina a 21 de Dezembro de 2012. Nessa data, projecta-se catástrofes do foro ambiental, tais como terramotos, cheias, erupções vulcânicas, entre outras.
Grande parte da população achará a ideia ridícula, mas o aumento das catástrofes naturais por todo o mundo, as opiniões começam a divergir… Além disso, o calendário desta civilização, projectou vários cometas e asteróides que iriam passar pela Terra e até a data, não houve qualquer erro ou imprecisão. Aliás, se pensarmos que estas previsões já vêm de há mais de 500 anos e não tem qualquer mácula, torna-se no mínimo desconfortante. Fica a dúvida: se acertaram tudo até agora, será que voltam a acertar mais uma vez?
Acreditam na Profecia Maia? Dão algum valor às profecias do fim do mundo? Se o mundo terminar realmente a 23 de Dezembro, o que não deixavam de fazer?
Com o Natal cada vez mais perto, a décima sétima edição é a minha recomendação para esta quadra festiva. Nada mais nada menos que o inesquecível clássico de Tim Burton: The Nightmare Before Christmas (1993). Ao longo dos anos, este filme tem sido visto como um sucesso crítico e financeiro, tendo sido nomeado para Óscar na categoria de melhores efeitos especiais, num prémio em que o Jurassic Park levou a estatueta desejada.
A Cidade do Halloween é um mundo de sonho cheio de estranhos cidadãos, tais como monstros, fantasmas, duendes, vampiros, lobisomens e bruxas. Jack Skellington, o rei das abóboras, é o centro das atenções da celebração anual do Dia das Bruxas, no entanto sente-se farto de repetir todos os anos a mesma rotina. Vagueando pela floresta durante a noite, encontra um círculo de árvores em que cada uma está uma figura diferente. Jack fica impressionado com a árvore de Natal desenhada num dos elementos do círculo, e acidentalmente acaba por entrar na Cidade do Natal. O que ele vê aí vai acabar por mudar a forma como ele observa tudo a seu redor…
Filmado inteiramente em Stop-Motion, técnica característica de Burton, junto ao conhecidíssimo estilo gótico do diretor, este é para mim um dos melhores filmes de animação da história do cinema! Há diversas películas que dão destaque ao Natal, mas grande parte delas têm demasiados clichés, pouca imaginação e são enquadrados para um público mais jovem. No entanto, há excepções à regra como é o caso deste The Nightmare Before Christmas, que traz uma forma muito particular de contar uma história natalícia. Destaco o protagonista da trama que é, no meu ponto de vista, uma das personagens mais bem construídas para uma animação, e que ainda hoje mantém-se bastante presente na sociedade. Com uma banda sonora belíssima, esta é uma obra-prima que recomendo vivamente a sua visualização.
Gostam deste filme? Que outas longas-metragens recomendavam para o Natal?