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Um Mar de Recordações

Um Mar de Recordações

30.Mai.13

Imagem espontânea (21)

Uma casa junto à praia. Quem não gostaria de passar um Verão junto de uma paisagem belíssima, sem qualquer tipo de preocupação. Sou-vos sincero, eu não me iria importar nem um bocado de fazê-lo durante uns dias. Seria um excelente plano para umas férias memoráveis. A fotografia que hoje vos trago é do Portinho da Arrábida, uma aldeia belíssima que fica localizada na Serra da Arrábida. Acreditem quando vos digo que é um pequeno paraíso na terra. Sossegado para relaxar e aproveitar um bom tempo seja a dar um bom mergulho ou aproveitar para dar um passeio pela natureza que esconde esta pequena maravilha. Com o Verão no seu esplendor, este é um óptimo local para aproveitar o que melhor Portugal possuí, uma beleza riquíssima e inigualável. Fica aqui um pedaço de um país que merece ser descoberto todos os dias.

 

“Se Lar e Casa fossem iguais não teriam nomes diferentes. A maioria vive a vida na busca de uma Casa e esquece de edificar um Lar.” (Jean Carlos Sestrem)

 

Qual é a melhor recordação que tem do Verão? O que seria para vocês um Verão perfeito? Qual é a vossa casa de sonho?

26.Mai.13

Ao som de... (21) [Nirvana – Smells Like Teen Spirit]

Após os Pearl Jam, o grunge está de volta ao blogue com os imparáveis Nirvana, naquela que também é uma homenagem ao talentoso Kurt Cobain. Apesar da banda só ter tido sete anos de existência (1987-1994), o grupo norte-americano deixou um forte legado. Tornaram-se os ídolos de uma geração e ainda continuam a ser forte influência na música actual. Assim, não espanta que desde da sua estreia a banda de Aberdeen (Washington) já vendeu mais de 75 milhões de álbuns em todo o mundo, dando a conhecer uma nova sonoridade musical.

A banda de rock formada pelo vocalista e guitarrista Kurt Cobain e pelo baixista Krist Novoselic teve vários bateristas, mas o que mais tempo ficou foi Dave Grohl (actualmente nos Foo Fighters), que entrou em 1990 e permaneceu até ao fim dos Nirvana. O grupo deu os primeiros passos no final da década de 1980 e estabeleceu-se como parte da cena grunge de Seatle . Apesar de só terem três álbuns de estúdio (Bleach, Nevermid e In Utero), os Nirvana contribuíram de que maneira para o crescimento do rock alternativo. Sem o desejaram tornaram-se a voz de uma geração. Uma ligação que terminou abruptamente com o suicídio de Kurt Cobain em 1994 que viria a provocar o fim da banda norte-americana. Desde então vários lançamentos póstumos têm sido emitidos da banda, que já resultou em um conflito jurídico entre a viúva de Cobain, Courtney Love, e os membros sobreviventes da banda.

No panorama musical, os Nirvana utilizavam mudanças dinâmicas que passavam de calmas para barulhentas. Essencialmente, a música baseava-se nesses contrastes dinâmicos e refrões pesados. Um bom exemplo disso é a música que escolhi – o Smells Like Teen Spirit, o primeiro grande sucesso da banda integrado no álbum Nevermind (1991). A canção usa o formato verso-refrão, e o riff principal é usado durante a introdução e refrão para criar uma dinâmica de alternância entre as secções de maior e menor violência sonora.

Esta música é muitas vezes considerada como o momento em que o rock alternativo ganhou visibilidade, chegando mesmo a figurar no sexto lugar do Billboard Hot 100. De facto, a canção tornou-se um sucesso comercial e recebeu uma forte aclamação da crítica. Este sucesso inesperado criou um desconforto no seio de banda principalmente em Kurt Cobain. Assim, um êxito estrondoso que viria a ser os primeiros passos para o fatal destino do líder do grupo.

 


Smells Like Teen Spirit é a melhor música rock de todos os tempos? Qual é a vossa música preferida dos Nirvana? Até onde os Nirvana podiam chegar se não tivessem terminado tão cedo?

21.Mai.13

Jorge Jesus: a sua renovação é a prioridade número um para o Benfica

Após 23 anos, o Benfica volta a estar numa final europeia. A equipa encarnada tem vindo aos poucos a recuperar o prestígio europeu que perdeu na década de 90. Estão a ser dados passos importantes para que o clube seja novamente uma constante em fases adiantadas das competições europeias. Um dos grandes responsáveis por este crescimento é Jorge Jesus. Desde que o treinador assumiu o comando técnico dos encarnados o pior que conseguiu foi os quartos-de-final. De facto, a glória conquistada a nível internacional tem sido mesmo o grande trunfo na carreira de Jesus na Luz…

O contrato que liga o treinador com o Benfica termina no final da presente época, algo que já possibilitou inúmeras especulações sobre qual vai ser o futuro do técnico português. Numa altura em que a equipa está na luta por três troféus, torna-se evidente que a renovação é absolutamente prioritária. A sua continuidade é sinónimo do clube continuar no trilho do sucesso. O técnico de 58 anos construiu uma equipa e tornou-a uma força a se temida. Pelo meio conquistou quatro troféus pelas águias (1 campeonato e 3 taças da liga) e permitiu que a equipa continuasse a conquistar pelo menos um título por época. Só em caso de uma hecatombe é que as águias não vão manter esse registo nesta temporada.

Se já foi alvo de várias críticas, hoje a sua continuidade é (quase) inquestionável. Para isso muito ajudou a época brilhante que protagonizou mesmo com a saída de Witsel e Javi Garcia no fecho do mercado. Se é certo que algumas teimosias já foram prejudicais à equipa (Roberto ou Emerson são os casos mais gritantes), as suas apostas e adaptações tem sido casos de sucesso. Mesmo com o seu temperamento impetuoso que já trouxe alguns momentos menos prestigiantes ao clube e da sua dificuldade em expressar-se em português, é alguém que percebe o jogo como poucos. É uma mais-valia para qualquer equipa!

Olhando friamente para os números em 210 partidas, o Benfica de Jesus venceu 147, empatou 33 e apenas perdeu 30. Uma clara demonstração de qualidade e que não está ao alcance de muitos. Ao longo das quatro épocas que se sentou no banco das águias, Jorge Jesus trouxe a mística de regresso ao Estádio da Luz. As suas ideias criaram um futebol de ataque e atractivo que há muito não se via a ser jogado pelos encarnados. O poder de fogo das águias tornou-se letal. Em todas as épocas no seu comando técnico, a equipa ultrapassou sempre os 100 golos. Os jogadores renderam muito mais e a sua maioria valeu chorudas transferências para o estrangeiro que enriqueceram os cofres da Luz. E mesmo com essas saídas, Jesus arranjou sempre forma de manter o conjunto encarnado na luta pelos títulos.

O ‘casamento’ entre Benfica e Jesus está mais forte que nunca e assim deve manter-se. As palavras do presidente Luís Filipe Vieira só vem confirmar isso mesmo. A manutenção de um treinador dá acima de tudo mais segurança e é isso que o Benfica mais precisa. É impossível vencer todos os anos, mas manter a aposta num projecto que tem tido tanto sucesso é a melhor decisão a tomar. Assim, a permanência de Jesus é fundamental para o Benfica permanecer na senda do sucesso. O técnico não tem nada a provar e já demonstrou que coloca a equipa a lutar por títulos. E nas próximas semanas está na luta por ‘apenas’ três…

 

 

(Texto também publicado no Jornal Record, a 4 de Maio de 2013)

15.Mai.13

Momento de liberdade

Tinha acabado de sair do trabalho e chovia torrencialmente lá fora. Ele não quis esperar que o temporal ficasse mais calmo. Não tinha guarda-chuva. Nunca o trazia, para ele era um utensílio dispensável. Começou a correr pela rua molhada, onde ninguém passava. Estava sozinho, apenas ele tinha decidido sair. Nunca tinha sido audaz para estas atitudes intempestivas mas hoje escolheu sair da rotina. Quis soltar-se. No fundo, quis ser livre por momentos e aproveitar esse tempo como se fosse o último que aquela patética vida lhe permitia. Sem nenhuma justificação, parou e reparou que todo o seu corpo estava completamente encharcado. Não conseguiu deixar de sorrir. Algo tão simples provocou-lhe uma segurança e calma que não sentia há muito tempo. Onde se tinha perdido? Não conseguiu deixar de se perguntar. Era curioso como nos esquecemos com tanta facilidade do prazer que a verdadeira facilidade nos provoca. É algo tão básico que nos esquecemos de lhe dar valor e sem nos apercebermos afastamo-nos perigosamente dela. Desta vez ia ser diferente. Ele não ia permitir que se perdesse de novo. Ergueu os braços e fechou os olhos, sentiu-se quase abençoado por aquela chuva que não parava de cair. Sabia tão bem voltar a encontrar a felicidade. Foi nesse dia que aprendeu novamente o valor de um sorriso sincero. 

[Ficção]


 


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