Questões inevitáveis (30) – Graffiti
Ao sairmos a rua, é difícil encontrar uma lugar impune de grafftis . Alguns chamam-lhe arte, outros vandalismo. De facto, a arte urbana está cada vez mais forte e multiplica-se por todo o lado, independente dessa actividade ser proibida por lei. A verdade é que este um debate controverso e que dificilmente conseguimos ficar alheados.
Considera-se grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade, normalmente um espaço público. Podem ficar surpreendidos , mas os primeiros graffitis surgiram na antiguidade (Egipto, Grécia e Roma), altura em que já havia inscrições feitas em paredes. O crescimento mediático surgiu nos anos 60 como suporte para inscrições de carácter poético e político. Deu-se também uma proliferação de estilos estando também associados a diferentes movimentos e tribos urbanas, como o hip-hop, e a variados graus de transgressão.
Dentro dos seguidores desta cultura, Jean-Michel Basquiat tornou-se um dos mais famosos, ganhando a fama de neo-expressionista com os seus trabalhos nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan. O norte-americano acabou por tornar-se um dos mais significativos artistas do final do século XX, apesar de ter morrido apenas com 27 anos. Aliás, a imagem de hoje é um dos trabalhos deste nova-iorquino.

Afinal o graffiti é uma forma de arte ou puro vandalismo? Qual acham ser a razão para o seu crescimento?