Não estava nada à espera de receber tanto apoio neste tipo de rubrica, por isso decidi fazer-vos uma pequena surpresa e brindar-vos com uma novo post com mais algumas fotos retiradas da minha conta no Instagram (@miguel_alexandre7)! Como já tinha referido o meu objectivo passa por tornar o Um Mar de Recordações mais próximo de vocês leitores e estas retrospectivas são apenas mais uma medida para atingir essa meta. (...)
Passou um mês depois daquela tempestade devastadora, mas ainda permaneciam alguns destroços do dia sinistro. A vila tinha perdido a sua alegria, outrora colorida e jovial, agora eram os tons negros que imperavam. Parecia um local completamente transfigurado. A população ainda estava a tentar absorver a perda de Bruno Pires. O jovem desaparecera sem deixar rasto naquele temporal destruidor. Naquela pequena vila piscatória, a saudade ainda era extremamente dolorosa. Numa tosca casa (...)
A onda aproximava-se perigosamente, por momentos José Brandão ficou petrificado. Um medo intenso percorreu-o, durante preciosos segundos permaneceu de boca aberta sem reacção. Não conseguia mexer-se, atordoado por aquele destino incerto. Parecia estar numa luta interna para combater aquele sentimento novo que tinha dentro de si. No entanto, a sua longa experiência a enfrentar contrariedades levou a melhor. Abanou freneticamente a cabeça. Deu uma chapada na cara e voltou a si. (...)
Chovia torrencialmente, o mar estava muito perigoso. O tempo parecia não dar tréguas, nem dava mostras de alguma melhoria. Naquele oceano, apenas um pequeno barco encontrava-se a lutar contra aquelas ondas enormes. Considerados loucos e corajosos pela comunidade, aqueles audaciosos marinheiros não viravam a cara à luta. As ondas cada vez estavam maiores, as vidas daqueles homens estavam em constante perigo. Ainda assim o capitão daquele barco, não parecia atormentado com medo. José (...)